sábado, 8 de agosto de 2009

Açúcar e Afeto!


Com Acúcar, Com Afeto
Chico Buarque

Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê!
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê!
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Como vou me aborrecer?
Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você.

Sempre gostei dessa música, aliás sempre gostei do Chico. Mas essa canção soava com sabor nos meus ouvidos e tempos atrás imaginei que se um dia eu trabalhasse com comida, esse seria o nome: Açúcar e Afeto. Cheguei a sugerí-lo para um amigo que vai iniciar no ramo gastronomia.

Comida, afeto, açúcar e magia parece estar tudo interligado aos meus sentidos. Esses dias lembrei de uma amiga que demonstrava seu carinho e amizade por mim através de guloseimas. Todos meus amigos sabem que adoro comer, mas prá ela, só a comida seria capaz de apazigar a dor ou a tristeza.

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