domingo, 26 de abril de 2009

Sorvete e resfriado

Ontem, sábado não resisti a idéia de uma amiga e fomos ao Alaska tomar sorvete, mesmo estando resfriada. Já ouvi de tudo um pouco sobre essa famosa oposição: vírus e gelado. Desencanei e como a vontade foi dominadora, fartei-me numa taça de sorvete de chocolate, cobertura do mesmo sabor, farofa e muito chantilly. Viva a vontade realizada!

Pesquisando pela Net:


http://empresas.globo.com/Empresasenegocios/0,19125,ERA625348-2932,00.html

Desde crianças os brasileiros aprendem que sorvete dá resfriado e dor de garganta e só deve ser tomado no verão, com moderação. Tal mito tem feito com que o mercado de sorvetes brasileiro seja infinitamente menor que o de outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o consumo anual per capita de sorvete é de 30 litros, enquanto no Brasil é de 3,5 litros, quase dez vezes menor. Mesmo assim, o gosto pelo sorvete tem crescido. Há doze anos, o consumo anual não passava dos 800 mililitros por pessoa.

O sorvete pode ser considerado um alimento nutritivo, pois contém como seus ingredientes o grupo de macronutrientes que garantem uma alimentação saudável, tais como: os carboidratos, proteínas e gorduras, que são responsáveis pelo fornecimento de energia, além de diversos processos vitais.

Além disso, nos hospitais o sorvete vem sendo utilizado, especialmente em crianças com dificuldade de se alimentar e, por ser gelado, como ótimo analgésico, ajudando a evitar as náuseas causadas pelos tratamentos contra o câncer.

Muitos evitam esse alimento por considerarem que o sorvete é tão somente uma sobremesa muito calórica e para ser consumida somente no verão, mas o que a maioria não sabe é que quando comparada ao que costumamos consumir no dia a dia, o sorvete é a melhor opção, não só para refrescar do calor dos dias quentes mas também para melhorar o valor nutricional das pequenas refeições.

Não é pra menos que o sorvete até ganhou um dia. 23 de setembro é o dia nacional do sorvete. A data foi escolhida pela ABIS – Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes, bem no início da primavera, época de temperaturas altas no ano.
Porém, não só no calor o sorvete pode ser saboreado. No Brasil, criou-se o mito de que tomar sorvete no frio faz mal. Segundo Eduardo Weisberg, presidente da ABIS, a causa dessa diferença de consumo nos países é cultural. “Os brasileiros são educados a acreditar que tomar sorvete no inverno faz mal, provoca gripes e resfriados. É uma idéia falsa, pois o tempo mais frio não impede o consumo e tampouco provoca qualquer mal à saúde. O setor de sorvetes no Brasil tem capacidade de atender o mercado durante o ano todo da mesma forma que atende no verão”.

A nutricionista Elizabeth Vargas, do grupo Unilever, responsável pela marca Kibon, confirma que “não existe comprovação científica que evidencie que o sorvete faz mal no frio”.

O que acontece, afirma a nutricionista, é que em muitos casos as pessoas deixam de consumir frutas cítricas e ficam expostas a doenças, e sabe-se lá por qual razão, associam o agravamento do sintoma ao sorvete.

Serviço: Sorveteria Alaska: R. Dr. Rafael de Barros, 70 - Paraíso - S.P.


Fotos:
Aglaia Madora
Chico Scalante

domingo, 12 de abril de 2009

Sabores da Páscoa



Essa Páscoa vai ficar na história, ao menos prá mim. Pela primeiríssima vez fiz um bacalhau. Não tinha nem idéia de como era todo o processo, como comprar, o que comprar, onde comprar e o que fazer com ele. Os amigos ajudaram bastante, o Ivan deu todas dicas pelo Orkut e a Irma deu a receita tradicional da família dela: bacalhau do Porto ao forno. Eu apenas dei um toque pessoal, acrescentando os pimentões e o manjericão. Até fiz questão de comprar azeite extra virgem pois, a ocasião merecia tudo do melhor. No fim deu tudo certo, o sal ficou no ponto certo, o sabor também. Se não fosse meu pai reclamar (como sempre) tudo estaria perfeito. O prato em si não tem nenhuma novidade, o bacalhau foi assado com batatas, tomate, pimentão, azeitonas e temperado com salsa, cebolinha, cebola, alho e manjericão. Adoro o aroma do manjericão, toda magia culinária deveria passar pelo manjericão. Parece que todo feriado (religioso) carrega em si um sabor já conhecido: o peru do Natal, o bacalhau da Semana Santa, e por aí vai, mas eu senti que essa Páscoa teve um gosto diferente. Foi o gostinho do "eu que fiz" e ficou bom. E reunidos à mesa, eu e meus pais que já estão velhinhos pudemos celebrar mais um Renascimento, não apenas do Cristo que eles cultuam, mas da magia que vem dos prazeres da família em torno da mesa farta. Eu também percebi o quanto o processo dessa Páscoa foi mágico prá mim, em cada tarefa que executei, que foi desde idealizar o bacalhau que minha mãe tanto desejava, ao comprar os ítens prá cesta de guloseimas que fiz prá eles. Prá nós Pagãos, a Páscoa é chamada de Ostara e celebrada no hemisfério Norte em comemoração a Primavera e sua esperança de renascimento na natureza. Para nós do outro lado, a mesma celebração se dá em setembro. E foi tudo tão demorado em acontecer, desde que comprei o bacalhau até chegar o dia de degusta-lo parece ter passado tanto tempo e o tempo em que vi o prato quase findado foi tão pequeno. Essa é mais uma etapa da magia, da relação do tempo e espaço na gastronomia. Preparar pode ser muito demorado, mas saborear, saciar é tão rápido. Feliz Páscoa, Feliz Ostara e que no ano que vem eu possa fazer tudo de novo, com o mesmo ânimo e amor!

Fotos: Aglaia Madora

terça-feira, 7 de abril de 2009

Culinária em Itacaré - Bahia


Itacaré - Sul da Bahia, Costa do Cacau...

A rua central de Itacaré, conhecida como Rua da Pituba (embora o seu nome seja outro), é conhecida por seus inúmeros restaurantes, bares, lojas e serviços em geral. O estilo gastronômico é bastante variado, indo da comida por quilo que, mistura peixes, carnes e aves até a comida árabe e vegetariana. Ainda é possível comer pizza, sanduíches, crepes e pastel. Eu posso dizer que comi muito bem por lá... passei 10 dias sem comer carne de vaca, me deliciando com camarão, peixes e siri. Uma bela moqueca mista de peixe com camarão, é a minha dica: Restaurante Berimbau. É bem servida, dá para 3 pessoas comerem bem e o lugar é tudo de bom. Além disso, não poderia deixar de indicar o Falafel Sahara, reduto dos turistas israelenses com a melhor comida árabe que já provei. Tudo vegetariano, mas incrivelmente bem apresentado, com porções bem generosas e claro, muito sabor. Por incrível que pareça não é caro, o lugar é bonito, descolado mas, não aceita cartões de crédito. Na foto acima, o prato que comi no Espaço Brasil que, embora muito atraente, sua estética não condiz com o sabor... faltou algo, uma pena, o lugar é bem gostoso. Não poderia encerrrar sem falar algo sobre a Creperia do Tio Gu: os crepes são tão maravilhosos quanto os donos. Comi um de camarão com catupiry e um de nucita, nem preciso dizer o quanto eu gostei. Também comi na Casa de Taipa, comida por quilo que, embora seja caro, a comida é bem variada e gostosa. Na minha última noite, por indicação de uma amiga que mora em Itacaré, fomos a Tapiocaria Bem Bahia e comi a melhor farofa da minha vida, feita com côco e carne de sol. Nunca tinha provado isso e acho que só lá conseguem fazer. Outro dia vi uma matéria na tv sobre os benefícios do cacau no controle da hipertensão e entendi o motivo de tanta disposição e energia que desfrutei em Itacaré. Claro que, a magia do lugar e o contato privilegiado com a natureza também foram fatores de bem estar, mas percebi que tomava muitos copos de suco de cacau durante o dia. Por falar em magia e boa comida, Itacaré é um excelente exemplo de como as duas categorias andam juntas. A região é toda encantada, misteriosa e ao mesmo tempo de uma beleza explícita. Ainda ficou muita coisa prá trás, muitos restaurantes e sabores que não tive oportunidade de provar e por isso, serei forçada à voltar.

Fotos: Aglaia Madora