Bem me lembro da comida da minha mãe. Dos sabores da sua sobremesa,sua especialidade com intenção de me agradar. Hoje ela está velhinha e agora sou eu, a responsável pela comida aqui em casa. Nesse Dia das Mães fiz um prato que ela adora: rondelli. Na realidade comprei pronto, só coloquei o molho e foi prô forno. Eu também adoro e todo mundo mandou ver na massa. Sinto muita falta dos sabores que minha mãe costumava me presentear mas, eles ficarão eternos na minha memória. Feliz Dia da Dona Glorinha!
Abaixo, seguem trechos que achei interessantes, de pessoas que assim como eu, privilegiam o afeto que vem através da mesa e das mãos de nossas mães:
Comida bem feita precisa de bons ingredientes, processos corretos, mão de obra qualificada e bem treinada e infraestrutura, mas acima de tudo isso, comida precisa ser feita com carinho e amor, que foi o maior ensinamento que tive nas cozinhas e com os grandes Chefs que trabalhei na Europa, mas hoje quando reflito e penso, vejo que não precisaria ter atravessado o mundo para aprender isso, pois o maior exemplo de carinho e amor na cozinha esteve sempre ali ao meu lado, me ensinando mesmo sem eu saber, atentar ou apreciar, minha mãe do coração!
Alberto Landgraf
Tem dias que sou atacada por uma melancolia que parece não me deixar opções a não ser correr para o colo da minha mãe. Como pode ser tão bom este remédio? Colo de mãe acompanhado de sua comida, então, parece a solução para tristeza, decepção, fracasso, solidão. A receita de hoje é uma bela recordação que tenho destas “comidinhas especiais” de minha infância, a perfeita sobremesa para o almoço de domingo: ovos nevados.
Andrea Vieira
A mais nova tendência no mundo gastronômico é a comfort food, que pretende resgatar sabores experimentados na infância. Todo mundo guarda na memória lembranças do bolo de fubá da vovô, da gemada com canela, dos bolinhos de chuva, da macarronada com molho de tomate e queijo ralado... Pois é, muitos restaurantes se dedicam a este novo nicho de mercado. E é claro, o paladar agradece.
Os cheffs, que apostam na comford food, dão uma cara especial aos pratos, que ganham um toque da culinária contemporânea e são servidos com todo requinte necessário.
Flávia Lelis
Posso afirmar que comida de mãe tem sabor de carinho. Um sabor que nunca se esquece. No filme Ratatouille uma cena (pra mim a melhor do filme) traduz exatamente isso: o temido e renomado crítico gastronômico Anton Ego come o ratatouille preparado por Remy. A expressão de prazer do crítico Ego é emocionante. O sabor do refogado de legumes o faz viajar no tempo, quando ainda de calças curtas comia as delícias preparadas por sua mãe. A comida é um meio de transporte delicioso para as viagens de nossa memória gastronômica. A maneira como nossas mães nos alimentaram na infância, como elas nos ajudaram a formar nossos hábitos alimentares define o que comemos na vida adulta. A formação da nossa identidade gastronômica é formada na infância. Mesmo aquelas mães que não cozinham desempenham esse papel.
Cris Leite
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