quinta-feira, 18 de junho de 2009

Festas Juninas

As tradicionais festas juninas tem sua origem no paganismo e seus cultos agrários. A natureza sempre ofertou um espetáculo de contemplação e beleza, onde todos povos e culturas elegem datas para celebração e agradecimento ao que a terra ofereceu durante todo o ano. Para nós pagãos daqui do hemisfério sul, é época de ritualizar em torno do solstício de inverno e a chegada de uma época de sombras e muito frio quando, concomitantemente as fogueiras das festas juninas são acesas e alguns alimentos específicos e tradicionais estão presentes em grande parte das comemorações no país. O milho é mais presente nas festas juninas por ser o grão mais colhido no Brasil nessa época. São os famosos bolos, curau, pamonha, canjica, pipoca e etc. os mais consumidos nesses festejos. A riqueza do milho é milenar e sua versatilidade gastronômica está presente no cardápio de civilizações pré-colombianas, tão antigas quanto os maias e os astecas.Na região nordeste o calendário de junho abriga uma das mais importantes e esperadas festas do ano. Regado a muita comida e ao som das zabumbas, sanfonas e triângulos, os estados nordestinos investem pesado durante todo o ano e atraem milhões de turistas do país todo. Cada estado oferece suas peculiaridades comensais que valem muito a pena serem desfrutadas. Infelizmente, nada é só festa e diversão. A região mais pobre do país tem sofrido muito com as intensas chuvas e muitos dos municípios foram drasticamente atingidos. O que era precário ficou ainda pior. Parte da população de algumas cidades nordestinas contesta o uso da verba recebida do governo federal, para as festas, alegando que esse dinheiro poderia resolver questões mais urgentes para a população. Claro que se trata de uma discussão a parte mas, tais práticas de desvio de dinheiro são antigas e conhecidas nessa região do país. No sul e sudeste a data é comemorada com as festas juninas ou "arraías" geralmente promovidos pelas Igrejas e suas comunidades e pelas escolas de ensino médio. São barracas que vendem os derivados do milho, fogueiras, brincadeiras e todo espírito da festa está voltado para a importância da roça. Com raras excessões, católicos e cristãos em geral, não se dão conta que estão revivendo e recriando costumes sagrados para os pagãos. Acender a fogueira e honrar a força transformadora do fogo, celebrar a terra e sua grandiosidade, dançar em torno de um mastro com fitas coloridas e evocar a fertilidade encenando casamentos são eventos sagrados ao paganismo. Para nós pagãos, durante o mês de maio no hemisfério norte é celebrado um festival em honra à fertilidade e uma das atividades mais tradicionais, é dançar e traçar o mastro, conhecido como Maypole, que representa a união dos poderes do feminino e masculino, além de pular uma fogueira, com intuito de celebrar e honrar os dons da fertilidade da terra e de cada um dos participantes. Qualquer semelhança entre as festividades não é mera coincidência.

Enquanto isso, aproveitem o melhor das festas juninas... mas, lembre-se! Se beber não dirija!

Quentão de Maracujá (sem alcóol)

- 200 g de açúcar
- cravo, canela à gosto
- 1 pedaço pequeno de gengibre
- 2 maracujás grandes
- 1 rodela de limão

Queime o açúcar como uma calda e acrescente o cravo, canela e o gengibre. Bata os maracujás no liquidificador com 1 litro de água e peneire. Jogue o suco no açúcar queimado e mexa até que dissolva por completo. Jogue a rodela de limão e sirva!

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